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Em Curitiba, existem muitas clínicas que realizam o tratamento com balão intragástrico.  O procedimento requer uma equipe composta por médicos, nutricionistas e psicólogos que fazem o controle rigoroso do paciente durante todo o tratamento. E para que serve o balão intragástrico?

 

O balão intragástrico é um tratamento para obesidade que é realizado através de endoscopia. Segundo o Dr. Daniel Locatelli Neves, médico gastroenterologista baseado em Curitiba, a intervenção é considerada uma opção intermediária, entre o tratamento clínico/conservador e a cirurgia bariátrica. Dentro disso, o balão intragástrico costuma ser indicado para pacientes que apresentam sobrepeso ou obesidade de Grau 1. O balão intragástrico também pode ser recomendado para pacientes que possuem obesidade mórbida e precisam emagrecer antes da cirurgia bariátrica, ou para pacientes que, apesar de terem indicação para bariátrica, não tem desejo de se submeter ao procedimento.

 

Feito de silicone, o balão vazio é colocado no estômago via endoscopia. Dentro do estomago ele é encaixado e enchido com soro fisiológico e azul de metileno. Uma vez no colocado, o balão intragástrico pode ficar no sistema por até 6 ou 12 meses dependendo do paciente. A função do balão é distender o fundo do estomago, o que manda um reflexo para o hipotálamo, região do cérebro que controla a sensação de fome. Dessa forma existe o sentimento de saciedade com uma quantidade menor de alimento.

Segundo o Dr. Daniel, o emagrecimento com o balão pode variar de 10% a 20% do peso inicial do indivíduo, sendo o resultado muito dependente do próprio paciente. O Dr. Locatelli também avisa que a primeira semana com o balão pode ser difícil, podendo existir reações como dor, enjoo e vômito, sendo necessário, em alguns casos, o uso de medicamentos para o alívio do desconforto.

A adaptação é gradual e deve ser cuidadosamente acompanhada, sendo importante a consciência do paciente a respeito desses aspectos para não desistência do tratamento. Outro cuidado que o paciente deve ter é com a urina. Em casos raros, o balão se esvazia e o azul de metileno é absorvido pelo corpo, causando alteração na cor da urina. Nessa possibilidade, é necessário contato imediato com a equipe médica para a retirada do dispositivo.

O Dr. Locatelli indica ainda que os resultados do balão intragástrico estão muito ligados ao comprometimento do paciente com o tratamento. É preciso, antes da colocação do dispositivo, a consulta com psicólogo e nutricionista, assistência que deve durar todo o tratamento, diz o médico de Curitiba. Outro fator importante é o acompanhamento via endocrinologista, que avalia a necessidade de uso de medicamentos para redução do apetite. Com tudo isso, é possível atuar em duas frentes, o que aumenta a sensação de saciedade e, consequentemente, os resultados permitidos pela intervenção.

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